domingo, 8 de dezembro de 2013

DV: uma atividade que envolve a audiodescrição.

Os educandos com Deficiência Visual estão na sala de aula das escolas regulares para aprender e se desenvolver de acordo com suas possibilidades. Para tanto as atividades precisam ser pensadas de acordo com as suas especificidades.

Segue uma sugestão de um vídeo com audiodescrição e sugestões de atividades pedagógicas que atendam as necessidades desses estudantes.

No vídeo sugerido, a menina Estela embarca numa nave do tempo junto com Oscar Niemeyer, um dos mais importantes arquitetos modernos do mundo, para descobrir as principais obras do artista em uma aventura fantástica de curvas e cores.


O vídeo em questão pode ser apresentado com a finalidade de iniciar uma discussão e pesquisa a respeito das obras do arquiteto Oscar Niemeyer, além daqueles apresentados no vídeo, assim como sua biografia e os locais em que foram contempladas com suas obras.

È importante situar que em todas as obras encontradas, precisará que alguém fique responsável em descrever a imagem para o aluno com Deficiência Visual e localizar esses municípios através do mapa em auto relevo.

Essas adequações, principalmente no que tange à audiodescrição e descrição, são essenciais para que os alunos com Deficiência Visual participe e aprenda os conhecimentos trabalhados em sala de aula.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Uma sugestão de jogo para o educando com Deficiência Intelectual.

Os educandos com deficiência intelectual precisam ser estimulados constantemente a desenvolver os mecanismos de aprendizagem. Segundo Figueiredo, Gomes & Poulin (2011) esses mecanismos referem-se à memória, à motivação, à atenção seletiva, à metacognição e à transferência do conhecimento, portanto, os alunos com deficiência intelectual apresentam dificuldades na mobilização de seus mecanismos de aprendizagem, bem como na resolução de problemas.
Diante do exposto a sequência lógica pode ajudar a desenvolver alguns desses mecanismos nas pessoas com deficiência intelectual, uma vez que sequenciar os acontecimentos na ordem cronológica requer um raciocínio referente à lógica das ideias presentes, trabalhando também a atenção, a memória e conseqüentemente o processo de linguagem (oral e escrita).
Os alunos e professores podem construir juntos cartelas de seqüência lógica de acordo com a realidade do aluno, assim como abordando o assunto estudado para facilitar a compreensão e estimular, na medida do possível, a mobilização de saberes, através de registros orais e escritos. Sobre este aspecto Figueiredo (2012) destaca que apesar dos avanços no estudo a respeito das pessoas com déficit intelectual ainda não se tem respostas sobre as dificuldades desses sujeitos para mobilizar os seus saberes. Assim, o que vai fazer a diferença para essas pessoas é a qualidade da mediação do professor.

REFERÊNCIAS

FIGUEIREDO, Rita V. Leitura, Cognição e Deficiência Intelectual. In: Deficiência Intelectual: cognição e leitura. FIGUEIREDO, Rita Vieira de. Fortaleza (CE): Edições UFC, 2012 , Pag.15 43.

FIGUEIREDO, R. V. A ESCOLA DE ATENÇÃO ÀS DIFFERENÇAS. In FIGUEIREDO, R. V., BONETI, L.W. e POULIN, J.R Novas Luzes Sobre a Inclusão Escolar. Edições UFC, Fortaleza, 2011. Pag. 51-69


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Um recurso para a acessibilidade...

         Algumas pessoas com deficiência, de acordo com suas necessidades, precisam utilizar a tecnologia assistiva como um meio para viabilizar o acesso ao conhecimento, possibilitando a essas pessoas desenvolver atividades com mais autonomia. 

   Um dos recursos facilitadores desse processo é o teclado com colméia, um material de Acrílico  para facilitar a digitação por pessoas com dificuldades motoras e deficiência visual, tornando o uso do computador acessível a elas. Nele possui orifícios a cada tecla, evitando que a pessoa com problemas motores e visão comprometida toque nas teclas várias vezes, esses orifícios tem um tamanho adequado para o dedo de um adulto.

         Essa acessibilidade é de suma importância, já que o computador é um recurso que pode ser utilizado para comunicação e aprendizagem desses educandos.





domingo, 28 de julho de 2013

O professor do AEE: as atribuições para o processo inclusivo



O profissional que atende esses educandos com deficiência, altas habilidades ou transtornos globais do desenvolvimento na Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) precisa trabalhar envolvendo toda a comunidade escolar no processo de inclusão através de parcerias com pais, professores e demais profissionais que os acompanham, assim como envolvê-los em estudos na área, levando-os a reflexão sobre a importância do papel de cada um.
Para que se inicie o atendimento pedagógico na SRM se faz necessário o encaminhamento do aluno, avaliação, entrevista com os pais, professores e profissionais envolvidos, observação em sala de aula para possibilitar a construção de informações e dessa forma organizar o estudo de caso com a finalidade de conhecer o caso com mais detalhes e assim o professor do AEE poder atuar com mais segurança.
Após a organização do estudo de caso, é necessário elaborar um plano de Atendimento Educacional Especializado (AEE) que apresente meios para estimular esses educandos a avançar de acordo com suas potencialidades, ao mesmo tempo respeitando as suas necessidades. Portanto, é importante situar que não se trata de atendimento psicopedagógico nem tão pouco de um reforço escolar.
No decorrer desses atendimentos é primordial avaliar e reavaliar o plano executado, conversando com pais e professores durante os planejamentos sobre a repercussão do mesmo na aprendizagem desses alunos em sala de aula e assim verificar se existe, ou não, necessidade reconstruir o plano AEE.
Dessa forma, entende-se que o plano AEE está obtém resultados quando as sementes plantadas no espaço do AEE geram frutos na sala de aula e no dia a dia do aluno, que mais tarde serão colhidos pela sociedade.

Maria Karolina de Macêdo Silva


sábado, 22 de junho de 2013

ESTUDO DE CASO PARA O AEE



ESTUDO DE CASO: CASO ROBERTO


Etapa 1 - Apresentação do problema:

Roberto tem 13 anos de idade, está no 4º ano do Ensino Fundamental, apresenta deficiência intelectual e leve deformidade em seu crânio. Ele mora em uma instituição para crianças e adolescentes que são órfãos.
 Em sala de aula, demonstra agitação constante no comportamento, falta de concentração, atitude essa que oscila com o interesse nas atividades, especialmente naquelas voltadas para os jogos, demonstrando compreender as regras, utilizando-as satisfatoriamente. Por vezes, foge sempre de sala de aula.
No que se refere à motricidade ampla, Roberto apresenta dificuldade na marcha e anda sem flexionar os joelhos; já na motricidade fina, embora tente copiar seu nome, apresenta dificuldades gráficas no traçado e no desenho.
Quanto à linguagem oral o aluno articula-se bem, e demonstra certa facilidade em se expressar e compreender o que lhe é solicitado. Com relação a linguagem escrita Roberto encontra-se no nível pré-silábico, realizando o traçado de algumas letras de seu nome.
Apresenta um bom relacionamento com professores e colegas, especialmente, dois que moram na mesma instituição e que Roberto os chamam de  irmãos. 

Etapa 2 – Esclarecimento do problema

 Mediante o problema que se apresenta, Roberto tem dificuldades de ordem cognitiva quanto ao processo de aprendizagem, mais especificamente na alfabetização, na motricidade ampla e fina e no envolvimento e interesse com as atividades escolares. Para tanto, torna-se relevante esclarecer alguns pontos:
·         Quais as potencialidades de Roberto?
·         Qual a natureza da sua dificuldade motora?
·         Como o aluno se expressa graficamente? Que símbolos ele utiliza para representar sua escrita?
·         Que situações ele demonstra interesse e inquietação?
·         Que recursos Roberto necessita a fim de melhorar a sua coordenação motora fina?
·          Que estratégias a professora pode fazer uso para melhorar o envolvimento de Roberto nas atividades?

Encontro com os profissionais da instituição onde Roberto reside

            Em conversa com a assistente social da instituição, esta relatou que Roberto chegou ainda bebê, sendo sua infância um período descrito por muitos problemas de saúde e comportamento, apresentava-se como uma criança retraída e que chorava muito. Com o tempo, Roberto tornou-se um adolescente mais sociável, possuindo amigos, alguns inclusive que ele os considera como irmãos. Apesar do seu comportamento inquieto, a assistente ressalta o seu interesse por jogos, a convivência com os outros profissionais da instituição ainda é conturbada, o jovem se nega a ajudar nos serviços domésticos quando é solicitado.
            Com relação a sua vida escolar, Roberto freqüentou uma classe especial até os nove anos de idade, onde foi observada uma significativa regressão no seu comportamento, nunca freqüentou quaisquer atendimentos clínicos ou educacionais.
            Aos dez anos ingressa no primeiro ano do ensino regular, sendo ele promovido e permanecendo na escola até o terceiro ano, seus professores nunca demonstraram preocupação com sua aprendizagem, uma vez que declaravam que o mais importante era a socialização, segundo a profissional, o aluno nunca demonstrou interesse pelas atividades, assumindo sempre uma atitude de rejeição. A partir do quarto ano e com a mudança de escola, Roberto passa a freqüentar o AEE.




Encontro com a professora de Roberto

Em entrevista com a professora de sala de aula regular, esta relatou que o aluno quase nunca atende às suas orientações nas atividades, demonstrando falta de interesse por atividades que envolvam a leitura e a escrita.
Segundo a docente, Roberto apresenta um comportamento impulsivo, frequentemente abandona a realização das atividades propostas, tem dificuldades para iniciar as atividades, parecendo não compreender o que está sendo solicitado. Levantamos a questão: que outras estratégias de ensino poderiam a professora estar lançando mão para fazer com que o aluno compreenda o que está sendo pedido na atividade?
Mediante o seu problema motor, o que a professora poderia estar fazendo para ajudar o aluno na apreensão do lápis? Uma vez que a dificuldade em segurar o instrumento ocasiona um comprometimento nas atividades que envolvem o traçado do desenho e da escrita.
De acordo com a professora, o aluno regularmente solicita a sua mediação e a dos colegas na realização das atividades, mas como é realizada essa ajuda? Mencionou-se que Roberto circula frequentemente pela sala, fato esse que interfere na concentração dos seus colegas, será que não seria o momento de construir e/ou retomar os combinados do grupo para a boa convivência social?

Observações do aluno em sala de aula e nas dependências da escola

Ao observar Roberto em sala de aula, foram constatados, pela professora do AEE, os comportamentos anteriormente descritos pela docente de sala de aula regular, todavia a falta de interesse e até mesmo a agitação do aluno podem ser ocasionadas pela atitude passivo da professora, uma vez que foi observada uma falta de preocupação com as capacidades e limitações do aluno no que diz respeito à elaboração das atividades propostas para o grupo, acreditamos seria o momento de fazer uma sensibilização com a equipe escolar da escola acerca da inclusão e a professora do AEE poderia fornecer orientações acerca da elaboração de atividades para esse aluno.
Nas atividades que envolvem a escrita e dada a dificuldade do aluno em segurar o lápis, qual a atitude da docente mediante esse fato? Que tipo de adaptação poderia estar pensando para minimizar esse problema? Uma vez que essa dificuldade ocasiona uma desistência na realização das atividades pelo aluno.
Com relação às atividades esportivas, que outros jogos, brincadeiras, atividades poderia o professor de Educação Física estar buscando a fim de permitir a plena participação de Roberto? O que este professor faz com relação à vontade desse aluno de participar do futebol?

Avaliações na sala de recursos multifuncionais

            A professora do AEE realizou uma série de avaliações com o aluno.  No que diz respeito a sua escrita, observou-se que o aluno a representa através de traçados que se assemelham às letras, apresenta um repertorio de letras bastante limitadas, apenas restringindo-se as letras que compõe o seu nome.
            No que compete a motricidade, atividades de desenho e escrita espontânea são tomadas com resistência pelo aluno, dada a sua dificuldade de apreensão, preferindo, o aluno as atividades de modelagem e pintura livre, pois os instrumentos são mais fáceis de manusear.
            Sua linguagem é bem articulada, apresentando coerência na organização da suas idéias, possui um bom vocabulário conseguindo ele se expressar e ser compreendido.
            Acrescentaríamos uma avaliação no que diz respeito a sua compreensão aos aspectos lógico-matemáticos, sua concepção de número, classificação e seriação, bem como situações envolvendo as operações fundamentais.
           
Etapa 3 – identificação da natureza do problema

            Dada a coleta de todas as informações necessárias ao conhecimento do aluno, permitiu-se compreender, por parte da professora de AEE, que o aluno apresenta comprometimento relacionado ao seu desenvolvimento intelectual. Apresenta boa comunicação com os colegas e professora e grande habilidades para os jogos de regras, no entanto, a sua falta de atenção pode estar relacionada à sua dificuldade de compreensão das regras estabelecidas pelo grupo ou dificuldades de adaptação a rotina de sala de aula, acrescentaríamos a esse aspecto também a atitude passiva da professora de sala de aula.
            Roberto apresenta uma maior habilidade no que diz respeito aos aspectos matemáticos do que na linguagem escrita, todavia seu conceito de número e classificação ainda está sendo construídos.
            O aluno ainda necessita de ajuda no tocante a realização das atividades, porém demonstra dificuldades de atenção e concentração durante a realização destas, o fato de não as concluírem provoca irritação na professora.
            Por sua saúde ser fragilizada, adoece com freqüência. O fato de ausentar-se da escola constantemente ocasiona um comprometimento na sua aprendizagem.

Etapa 4: - Resolução do problema

Como meio para buscar solucionar a natureza do problema de Roberto, de ordem cognitiva e motora, deve-se estabelecer parcerias com os professores de Roberto e colegas e funcionários da instituição em que mora e da escola para que juntos com a professora do AEE possibilitar ações e dessa forma aproveitar as potencialidades de Roberto, ao mesmo tempo, propor desafios para que o avanços aconteçam nos aspectos mencionados anteriormente.
Conversar com os professores: pedagoga, professor de Educação Física, Artes e Ensino Religioso para fazer um trabalho de reflexão em sala de aula no que se refere ao respeito ás diferenças e assim possibilitar a participação de Roberto em todas as atividades propostas
Demonstrar a esses professores o papel importante das áreas de conhecimento para proporcionar a aprendizagem do aluno, pois as aulas de Educação Física o beneficiarão no desenvolvimento da motricidade ampla e fina e interação no momento dos esportes, nas aulas de artes as atividades podem ajudar a minimizar o problema em sua motricidade fina e nas demais disciplinas também possibilitar trabalhos em grupos para promover o estabelecimento de interação e aprendizado com os colegas.
Em seu lar, na instituição em que mora, fazer um trabalho reflexivo com os funcionários e colegas e/ou irmãos para ajudar Roberto a ser mais autônomo, inclusive para respeitar as regras, com responsabilidades de acordo com a sua idade.

Para facilitar o processo de ensino-aprendizagem de Roberto o AEE deve adequar materiais de acordo com a tecnologia assistiva, como por exemplo os lápis utilizados pelo aluno, realizar atividades no computador adaptado ás suas necessidades, disponibilizando-o em sala de aula, quando necessário, desenvolver habilidades, tais como: atenção, memória e raciocínio lógico, através de jogos.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Analisando as enquetes x pesquisa sobre AEE.

De acordo com a enquete a respeito da escola especial, da escola comum, da inclusão e do atendimento educacional especializado, destacamos a importância dos serviços de educação especial para promover a inclusão dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades, subsidiados pelas leis que vem se aprimorando com o passar dos anos.
Segundo a nota técnica SEESP/GAB nº 19/2010 a educação especial é uma modalidade transversal a todos os níveis, modalidades e etapas do ensino regular, uma vez que estes educandos, vem a cada dia superando obstáculos e conquistando níveis mais elevados da educação.
Em especial a Sala de Recursos Multifuncionais tem um papel primordial no que concerne à matricula, participação e aprendizagem desses indivíduos na escola comum, uma vez que o “Atendimento Educacional Especializado é o conjunto de atividades e recursos pedagógicos e de acessibilidade, organizados institucionalmente, prestado de forma complementar ou suplementar à formação dos estudantes público alvo da educação especial, matriculados no ensino regular.” (NOTA TÉCNICA Nº 055 / 2013 / MEC / SECADI / DPEE).
Para verificar como vem ocorrendo esse atendimento nas escolas e em que condições, nos foi proposto a realização de uma pesquisa. Através da análise dessa pesquisa verificamos que o número de SRM ainda não são suficientes  para a demanda desses educandos, mesmo que já tenha avançado nesse sentido, além disso a maioria atende, basicamente o mesmo número de alunos, algumas já promovem a formação dos profissionais, embora ainda, percebemos que os estudos nas escolas precisam ser mais sistemáticos e aprofundados e assim poder possibilitar o estabelecimento de parcerias com o professor da sala de aula comum, disponibilizando recursos pedagógicos, serviços e acessibilidades as estratégias para a inclusão escolar. (RESOLUÇÃO Nº , DE 2 DE OUTUBRO DE 2009).
Também percebemos que os recursos pedagógicos estão chegando nas escola e sendo utilizados quase em sua totalidade, assim como uma parte delas já contemple o atendimento educacional especializado no PPP da escola, embora ainda necessite de avanços nesse sentido em outras escolas, através de discussões constantes e reflexão.
Com relação à pesquisa de outros estados, escolhemos um no Nordeste – Paraíba e outro mais distante – Amazonas. Em João Pessoa - PB foi destacado que o número de SRM não são suficientes, embora eles atendam um número de alunos similar ao nosso e, como nosso estado, estão promovendo a formação de professores para esse atendimento, apesar da distância, percebemos os mesmos resultados em Manaus – AM.
O dois municípios também estão recebendo e utilizando os recursos para o atendimento, mas no que tange ao PPP, Manaus se destaca, pois praticamente todas as escola contemplam este serviço nesse documento tão importante.
De um modo geral, percebemos avanços no atendimento educacional especializado e consequentemente na inclusão escolar, no entanto muito ainda precisa ser feito, mas partimos do pressuposto de que para chegar ao ”ideal” precisamos percorrer um longo caminho com curvas sinuosas, pedras e obstáculos, portanto precisamos cair e nos levantar constantemente e prosseguir, para tanto existem retrocessos e avanços, subsidiados por  leis que são um ponto de partida importante nesse processo tão difícil e prazeroso ao mesmo tempo.

REFERÊNCIAS

·         NOTA TÉCNICA Nº 055 / 2013 / MEC / SECADI / DPEE
·         NOTA TÉCNICA SEESP/GAB nº 19/2010

·         RESOLUÇÃO Nº 4, DE 2 DE OUTUBRO DE 2009

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Análise de uma pesquisa baseada nos documentos legais.

Toda a comunidade escolar que faz parte do sistema de ensino precisa se envolver e contribuir para inclusão escolar e consequentemente para a participação do estudante no AEE, pois a inclusão só acontece de fato quando todos envolvem no processo de maneira efetiva.
Para construir sistemas educacionais inclusivos a política Nacional de Educação Especial propõe repensar a organização das escolas e classes especiais, o que implica em uma mudança estrutural e cultural de todas as instituições de ensino para que todos os alunos tenham suas especificidades atendidas. Assim, segundo a política, todos devem ter o direito ao acesso e permanência na rede regular de ensino com qualidade.
Percebi parte dos objetivos propostos pela política na escola pesquisada, pois está garantindo o acesso de alunos com deficiência ao ensino regular, com participação, mas alguns educandos ainda estão necessitando de mais apoio dos professores envolvidos para garantir a aprendizagem e continuidade nos níveis mais elevados do ensino; nessa escola existe a transversalidade da modalidade de educação especial desde ao ensino fundamental I até o Ensino Fundamental II; oferta do atendimento educacional especializado; formação de professores para o atendimento educacional especializado e demais profissionais da educação para a inclusão; participação da família e da comunidade, embora ainda precise acontecer de forma mais efetiva; acessibilidade arquitetônica,  nos mobiliários, mas ainda precisa de investimento nas comunicações e informação.
Quase todos os recursos citados na lista da pesquisa têm na escola (computadores, impressora, softwares, jogos pedagógicos, mobiliários, livros, entre outros), salvo aqueles específicos para alunos cegos e com deficiência física, já que ainda não tinha esses alunos na escola e consequentemente não foi registrado no senso escolar dos anos anteriores.
Acredito que todas as escolas deveriam receber os recursos para as diversas necessidades especiais, pois quando a escola receber esses alunos já estão devidamente equipadas com os recursos necessários.
De acordo com os documentos legais o público alvo para ser atendido na SRM  são aqueles que possuem alguma deficiência, TGDs ou Altas habilidades/ Superdotação. Na SRM pesquisada por nós são atendidos esse público,mais especificamente os que tem deficiências, incluindo aqueles que têm dificuldades de aprendizagem não diagnosticadas.
Quanto ao financiamento, de acordo com a Resolução Nº 4, de 2 de outubro de 2009, o financiamento da matrícula no AEE é condicionado à matrícula no ensino regular da rede pública, conforme registro no Censo Escolar/MEC/INEP do ano anterior, sendo contemplada a matrícula em classe comum e em sala de recursos multifuncionais da mesma escola pública; a matrícula em classe comum e em sala de recursos multifuncionais de outra escola pública; a matrícula em classe comum e em centro de Atendimento Educacional Especializado de instituição de Educação Especial pública e a matrícula em classe comum e em centro de Atendimento Educacional Especializado de instituições de Educação Especial comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos.
Ainda de acordo com a Resolução Nº 4, de 2 de outubro de 2009 serão contabilizados duplamente, no âmbito do FUNDEB, de acordo com o Decreto nº 6.571/2008, os alunos matriculados em classe comum de ensino regular público que tiverem matrícula concomitante no AEE.
Essa dupla matricula implica em mais verbas para a escola investir em acessibilidade e recursos mobiliários e pedagógicos que atendam as necessidades especiais desses educandos.
No que tange ao PPP da escola,  esse documento ainda não faz referencia à organização das principais ações do AEE, pois está em processo de reformulação.
Por outro lado, o professor do AEE da referida escola participa de uma formação quinzenal ou mensal, oferecida pela Equipe de Educação especial da Secretaria de Educação de Natal/RN, já houve, inclusive uma formação em parceria com a UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte).

A escola pesquisada se encontra acessível no que tange às adequações arquitetônicas, salvo a sinalização visual, sonora e tátil, que precisa ser adequada para receber todos ao alunos com qualidade no que se refere a acessibilidade e assim proporcionar uma educação de qualidade.

Documentos legais:

• Política Nacional da Educação Especial na perspectiva da Educação
Inclusiva
• Decreto 7611/2011 (em substituição ao Decreto 6571)
• Resolução n.04/2009 CNE/CBE
Complementares
• Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência (48 páginas) -
Leitura do Artigo 24: Educação (págs. 28 e 29)
• Plano Viver sem limites (44 páginas)